1.22.2010

impressões entreExtremos

A corrida pra correr do que não dá tempo, e chegar no tempo, que foi, será, e mais, é. A corrida pra lembrar nos dias que a vida é neles, e nenhum outro recipiente de existência contém, contém a vida, os dias, contém respirar. Respirar. Respirar do respiro que manda calar os passos, que sei não que sucede, que parece que dados os dedos nuns grãos de terra e a gente se perde. E a gente se perde em busca de se buscar, e a gente se perde em busca de se achar.

Eu, quando me ponho a calar os passos, é quando tudo parece se clarear. É quando tudo carece de cantar, de se sorrir e se chorar. Do choro que escorre dos olhos como arco-íris, como cor de alegria, como céu azul nascido das águas. E nada me diz porque tudo isto digo, que era pra sair algo dos dias, da prática perspectiva científica dos dias, mas não consigo. Calha em mim que nada que é ordem sai de mim, o caos gerador me habita, me toma, me banha. E nele me acho. Onde não é caos, é corrente, é sangue, é mover-me, pra fora. É jorrar o sentir, sem forma, sem formar, sem mais.

Coral.

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