2.21.2010

Ação do Urubus em Sampa! entreExtremos

Como ação conclusiva do projeto entreExtremos, na próxima semana o coletivo Urubus estará reunido em caráter permanente e nômade por diversos locais da malha urbana da cidade de São Paulo, propondo distintos encontros e intervenções que terão por objetivo divulgar a existência do Parque Nacional Serra da Capivara e expor faces da imersão artística realizada em seus limites pelo coletivo.

Diariamente este portal deverá ser atualizado com informes das intervenções, mantenha-se atento e venha comungar.

Segunda-feira (22/02)

dia: o coletivo visita a tribo guarani de Parelheiros com intuito de recolher informações sobre a atual situação de sua preservação cultural, realizando uma pesquisa sobre a presença das artes gráficas tradicionais da tribo em um possível diálogo com expressões gráficas contemporâneas operadas na pesquisa do coletivo.

noite: pernoite em local indefinido.

Terça-feira (23/02)

dia: travessia interativa com os olhos vendados na Avenida Paulista.

noite: fogueira pública com projeção de imagens do Parque Nacional Serra da Capivara após às 20h30 na Praça Roosevelt.
O coletivo convida os interessados a sentar à beira da fogueira e jogar prosas, cantos, poemas, entre tantos, fora; de olhos na lua que cresce.

Quarta-feira (24/02)

noite: Cuidado: Tinta Fresca!
O coletivo realiza performance interativa onde grafite, música, corpo, entre outros, improvisam e contaminam-se em tempo real.
(horário e local a serem definidos)

Quinta-feira (25/02)

dia: prática corporal Zoológico.

noite: projeção de imagens do Parque Nacional Serra da Capivara.
(horário e local a serem definidos)

Sexta-feira (26/02)

dia: Corpos/Mimetismo/Natureza/Urbano
O coletivo realiza performance ritual onde os corpos recebem pinturas corporais e criam diálogo com a paisagem urbana.
Local: Parque da Água Branca e Minhocão.

Sábado (27/02)

noite: festa sinestésica-vivencial.
O coletivo recebe convidados que passam por proposições sinestésicas e vivenciais em celebração.

Da saudade...

Da saudade...
Houaiss
saudade
    substantivo feminino
  1. sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável (freq. us. tb. no pl.) Ex.:
  2. Rubrica: música. Regionalismo: Brasil. certa cantiga entoada em alto-mar por marinheiros
  3. Rubrica: angiospermas. design. comum a várias plantas de diversas famílias, esp. da fam. das dipsacáceas e das compostas; saudades, suspiro, suspiros
  4. Rubrica: angiospermas. erva de até 60 cm (Scabiosa atropurpurea) da fam. das dipsacáceas, com flores vistosas, roxas, rosas ou brancas, nativa da Europa e muito cultivada como ornamental; escabiosa, flor-de-viúva, saudades-roxas, suspiro-dos-jardins, viúva, viúvas
  5. Rubrica: angiospermas. m.q. saudades-roxas (Scabiosa maritima)
  6. Rubrica: ornitologia. Regionalismo: Rio de Janeiro (Itatiaia). m.q. assobiador (Tijuca atra) saudades

    substantivo feminino plural
  1. Uso: informal. cumprimentos amigáveis de quem sente ou diz sentir a falta de outrem Ex.: dê-lhe minhas s.
  2. Rubrica: angiospermas. Regionalismo: Portugal. m.q. saudade ('designação comum')
Michaelis
saudade
    sf (lat solitate)
  1. Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas.
  2. Nostalgia.
  3. Ornit Pássaro muito atraente da família dos Cotingídeos (Tijuca atra); assobiador.
  4. Bot Nome com que se designam várias plantas dipsacáceas e suas flores; escabiosa.
  5. Bot Planta asclepiadácea (Asclepias umbellata). sf pl Lembranças, recomendações, cumprimentos. S.-da-campina: o mesmo que cega-olho, acepção 1. Saudades-de-pernambuco: o mesmo que jitirana-de-leite. Saudades-perpétuas, Bot: planta da família das Compostas (Xeranthemum annuum).

Fafá Salles

entreExtremos


são chegadas, são chegadas sem estar. aprender que estar é o presente, que o que foi está ausente, que aqui estamos e somos. aprender o que as estrelas nos ensinaram. como é potente habitarmos um tempo suspenso do tempo. como são tantas as forças que jorramos quando nos distanciamos de nós descendo bem fundo ao profundo que somos, das descidas tão íngremes que nos põe além. para além, para após, para fora, em encontro com as partículas que compõem o mundo. onde somos as partículas que compõem o mundo, em encontro com as partículas que compõem o mundo, quando somos o mundo. quando o cosmos se manifesta. quando o cosmos nos consome, nos some. como é leve sumir na superfície do cosmos. como é pleno. como são grandes os desafios dos homens em seus contemporâneos.
as pinturas dormem em minha cama, acordam em meu sono, sentam em minha mesa, tatuaram-se em minha pele pela parte de dentro. as pinturas e os rostos escondidos pelas partes invisíveis das coisas. o meu eu se fez em mil, em nós. o meu eu pouco em pouco descobre outras fendas e faces em desatar-se os nós. minhas asas ainda crescem. e a busca segue

CORAL