1.22.2010

impressões entreExtremos

Olhos fechados: vivencia de 24 de olhos vendados. Estado de concentração, atenção e presença

Não é nada fácil realizar as atividades cotidianas nesse outro tempo, nessa outra condição. No inicio vm um desespero porque a mente projeta e prepara muitos “afazeres”, mas a realidade é que cada coisa tem que ser feita com o seu cuidado e atenção necessária. Até que em um certo momento corpo\mente se acostumama dedicar-se com inteireza a cada sutileza.

O tempo se dilata. A atenção e a vitalidade pulsam lá dentro e se externalizam com precisão. A escuta está por entre os poros.

O conforto de estar sobre meus ísquios...

O conforto de estar comigo...

O conforto de estar no breu do meu ser...

O conforto de silenciar meus pensamentos...

O conforto do silêncio é indescritível. Plenitude. Dele não tenho vontade de sair.

Roda no fogo

Esse estado de concentração fez com que minha sensibilidade estivesse aflorada. Eu não tinha pra onde correr. As vezes a consciência cotidiana vinha com um interrogatório:

É pra dançar? É pra se jogar? Ta certo? ta invadindo o espaço do outro?

O bom é que na maioroa do tempo me deixei ser canal pra fluir toda a dança da fogueira e a dança que brotava em mim. “é uma gira? Danço um orixá? Somos performers? Temos que significar?” Eram questões que pululavam mas que iam se desmoronando qundo eu ia aos poucos sentindo que a dança que tinha que ser dança era a dança do prazer, a dança do coração, a dança do estado amoroso. Algo imensamente libertador esse estado interno que se revelava nas profundezas como uma pedra bruta, uma larva... e quando esse estado era força pulsante eu era dançarino, sacertode, água, benzedeiro, criança e velho – os que eu me lembro com mais clareza. E tudo isso somado a uma consciência corporal dos gestos, movimentos e ações. Desfronteirização dos limites. Loucura boa, prudente. Um permitir-se, lançar-se.

Passo-a-passo

Deixe que meus olhos te guiem

Deixe que meus olhos te fazem guiar

Deixe que o caminho se apresente

Deixe que caminho se ausente

Juntos passo a passo vou seguindo

Juntos no caminho vou sorrindo

Faça dia, chuva, faça sol

Tenha pedra, espinho ou anzol

Alegria Amor Liberdade

O tripé que dá suporte a experiência do Corpos.

Assim como a meditaçõa tem o centramento na auto-observaçao\atençao\respiraçao\concentaçao, o Corpos tem nesse tripé o estimulo eu pulsiona o estar. Sair dele é dar permissão para que a mente faça o desserviço de gastar energia do corpo mentalizando pensamentos atodestrutivos que afastam os seres da presentificação do agora. Estar no momento agora é dedicar-se com a potencia que se tem com o capricho, com a iteireza, a cada instante. Vozes moscas lixo: expectativas, julgamento de valor (bom ou ruim? \ certo ou erado?), comparação, inferioridade, “e se...”, etc...

Açaí

Nenhum comentário:

Postar um comentário