11.22.2010

Quando esta semente se plantou em minha mente, em forma de ar em pensamento, como idéia grávida, era em meio à mata que estava. Meus pés seguiam a pé, a pé em pé, descalços. Terra, terra inundava meus pés que pela Terra caminhavam vendo, ouvindo, sentindo, buscando. Até que, sob tão generosa árvore, meu ventre foi acometido do fruto. Mal sabiam meus olhos os horizontes todos transtornados ao florir daquela flor, majestosa flor que tanta sorte me trouxe, tantos olhos, transformados.
Hoje, pelo ido do ponteiro debaixo de chuva quase ácida, meu olhar pairou nova vez pelas redondezas verdes deste solo tão gentil. Meu coração palpitou do embalo dos turbilhões na mais perfeita harmonia, minha face fez-se brilho e esplendor transbordando todo o amor que meu peito sentia. Baixo na voz baixou gratidão rasgando o ar a percorrer imensidão, que suas raízes tenham escutada, sagrada dama do Povo-em-pé. Que sua pele possa sentir minhas mãos, inundadas de agradecimento, pela luz da lamparina nesta estrada feita em curvas. Que o vento te imprima meus beijos, perdidos nas lágrimas feitas em riso. Que meu pulso te alcance pra todo o sempre de sua breve freqüência...

Nenhum comentário:

Postar um comentário